A palheta dupla utilizada no corne inglês é muito semelhante à do oboé, mas não é inserida directamente no instrumento e sim num bocal.
A técnica é a mesma do oboé. A formação de todo o instrumentista de corne inglês passa antes pela aprendizagem do oboé. Apesar de não ser igual ao oboé, o corne inglês pode ser considerado um oboé tenor.
O timbre do corne inglês, por ser mais grave, é mais aveludado e escuro do que o do oboé. No entanto, o seu uso é mais incomum, tendo sido mais mais utilizado em peças orquestrais a partir do século XIX. Um solo de corne inglês bastante conhecido está no 2º movimento da Nona Sinfonia de Antonin Dvorak, conhecida como “Novo Mundo”.
Não se sabe de onde surgiu o nome “Corne Inglês”. Uma teoria é que as versões do instrumento datadas do século XVIII seriam parecidas com o oboé da caccia , um instrumento barroco da família do oboé, que tinha a forma curvilínea e, por isso, era chamado de “cor anglé” (que significa “chifre angulado”) ou corps anglé (que significa corpo angulado), também utilizado em caçadas, na Antiguidade. O corne inglês, assim como o oboé, teve como antecessor a charamela.